sábado, 23 de junho de 2012

R.I.P. Hip

Descanse em paz Quadril. É isso que acontece quando a pelve tem alguma disfunção, como a ejaculação precoce e a disfunção erétil. A pelve “morre”. O problema que ela não descansa em paz, e ainda causa angústia.  Na verdade tudo que ela não tem é paz e desejo, uma vez que ele mora nela.
Uma pelve sem desejo é uma pelve sem viço que se manifesta através de sua retroversão (o famoso “bumbum encaixado”). Muitas vezes essa posição empobrecida da pelve, que a torna disfuncional, é em resposta de uma manifestação na esfera emocional, que tendem a ansiedade e depressão, ou efetivamente as tem instituída. 
Pelve retrovertida

A pelve é travada nessa postura antifuncional, pois os músculos nela inseridos matem-se contraídos, retraídos.  Com isso para reavivar a pelve este músculos precisam ser flexibilizados, dando mobilidade a pelve, despertando-a. Ao despertar a pelve ela se torna viva e desejosa. E por incrível que pareça, apesar dela muitas vezes “morrer” por questões emocionais, atuar sobre a pelve com exercícios faz com que a resposta seja inversa. Ao corrigir a postura da pelve a tornando mais equilibrada (tendendo a “bumbum empinado”) a repercussão além de física, também é emocional, influenciando positivamente sobre as tendências ansiosas e depressivas.
Os músculos que devem ser  trabalhados são os perineais, glúteos, abdominais, e os músculos posteriores e interiores da coxa.  A ênfase maior não é no fortalecimento destes músculos e sim o alongamento deles. Os alongamentos dinâmicos associados à respiração abdominal/diafragmática, os exercícios sensoriais táteis e as diferentes técnicas de massagem dessas musculaturas são os melhores exercícios a ser feitos.

O interessante que isso não só faz parte de esutos biomecânicos, fisiológicos e psicológicos. Na arte isso fica bem claro quando vemos, por exemplo, uma escultura como a de Antônio Canova, em "Perseu com a cabeça da Medusa" (século XIX). Um heroi, com todo vigor e masculinidade que ostenta, não poderia ser representado como o homem da figura a cima ("Pelve retrovertida"), com músculos delgados e de tônus e postura pobres, inclusive a pélvica.
Canova, Perseu com a cabeça da Medusa (Sec XIX)

domingo, 20 de maio de 2012

KEEP CALM AND entenda a ejaculação precoce

Devido ao grande interesse dos nossos companheiros do blog voltarei à temática da Ejaculação Precoce (EP). Ah, sim e voltando de pois de um longo tempo sem novas postagens.
Como já disse anteriormente a EP anda junto com a ansiedade, seja ela consciente ou inconsciente. Devido ao grande tabu que se transformou nossa sexualidade pelas castrações históricas religiosas e sociais e que se fazem presente até hoje, um processo que seria natural torna-se uma coisa errada e feia. E já que é uma coisa “errada e feia”, as manifestações dessa sexualidade têm que ser escondida. E se precisa ser escondida isso gera o medo/ansiedade de ser descoberto, de ser pego e castigado por isso. Com isso, muitas vezes, o perfil do ejaculador precoce começa a ser desenvolvido já na adolescência com seus longos períodos no banheiro, se masturbando, claro, tornando-se motivo de apreensão e não de prazer e descoberta.
Aí acontece a primeira transa, que naturalmente é cheia de expectativas e, pra complicar um pouco mais, tem que ser escondido, muitas vezes em lugares onde o medo de ser pego no ato, literalmente, é real e aumenta mais ainda a ansiedade. Somado a isso, desenvolvemos uma sexualidade praticamente genital, onde o pênis é o foco. No início da adolescência descobre-se que ele serve para outra coisa, além de “fazer xixi” e para-se aí. Essa “limitação fálica” do prazer gera uma falta de intimidade com o próprio corpo. E se não temos intimidade, na verdade não aprendemos a ter, com nosso corpo provavelmente não teremos com o corpo da outra pessoal na hora da transa.
Todo esse contexto psicossocial faz com que o corpo responda de alguma forma. Uma das respostas, consequências, acontece na musculatura que provê a continência ejaculatório (que é a mesma da continência urinária). O principal músculo é, o já comentado aqui, bulboesponjoso, que fica na raiz do pênis, sob a uretra peniana. O famoso pubococcígeo também é importante, pois ele sai do cóccix, cerca a base do pênis e vai para o púbis. Esses músculos tendem a não funcionar adequadamente, falham, e não conseguem manter uma contração mais longa que manteria a uretra fechada, contendo a ejaculação. Uma outra possível resposta é a extra-sensibilidade da glande, muitas vezes diagnosticada pelos urologistas.
Com toda essa cascata psicossocial que desemboca fisicamente, no corpo, a intervenção tem que começar na nascente, descer a cascata e chegar onde esse turbilhão desemboca. Ou seja é um programa de tratamento que abrange uma abordagem cognitivo-comportamental, sensorial, na reformulação do processo de excitação e no treinamento dos músculos perineais. O princípio é mais ou menos o mesmo pra se manter o corpo saudável, onde além de se alimentar bem, tem-se que praticar alguma atividade física regular. E não esquecendo da máxima “mente sã, corpo são”, cuidando assim da mente, das emoções, também. Seja na saúde física ou saúde sexual (que costumam andar juntas), para poder obter ambas, é preciso treino, perseverança e paciência.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Puts... gozei.

Calma!! Isso mesmo, calma é a primeira coisa que se deve ter para não se tornar um ejaculador precoce. A Ejaculação Precoce (EP) pode ser considerada uma disfunção sexual de cunho psicossocial. A ansiedade, como mola mestra, associada às “pressões sociais”, como ter que transar com várias mulheres e ser bom de cama, são fatores que podem levar o homem a ejacular antes do momento desejado.
Há várias formas para determinar se o homem tem EP ou não. Umas se baseiam no número de penetração, outras no tempo, mas o mais importante é que ela sempre ocorre antes do momento desejado. O clássico é aquele que antes mesmo do coito, penetração, ainda nas preliminares, não consegue controlar seu impulsos, e mergulha num mar de excitação e ejacula ali mesmo. Por vezes não foi nem estimulado, tocado, no pênis. Por isso a EP pode ser considerada uma disfunção no processo de excitação, que no caso se encontra muito aumentado.
Independente de não conseguir realizar 20 intercursos, penetrações, ficar menos de 2 minutos transando ou chegar ao extremo de ejacular antes mesmo de tudo começar, o importante é o desconforto ou, em alguns casos a agustia, causada pela EP. E o desconforto não se é só do ejaculador precoce, mas também da outra pessoa envolvida na transa, uma vez que para uma relação sexual precisa-se de uma segunda pessoa, se não seria masturbação. Isso leva a questão a uma esfera mais acima, onde a questão passa a pertencer ao casal. Por isso a cooperação do outro é importantíssima no processo terapêutico.
O tratamento físico-comportamental é o com melhor índice de sucesso. A parte comportamental consiste no controle da ansiedade e a o físico está relacionado a adquirir o controle ejaculatório através de exercícios mastubatórios e treinamento do músculo  bulboesponjoso, que fica na base do pênis e promove o “fechamento” da uretra impedido a eliminação do sêmen, a ejaculação.
Não existe nenhum medicamento que trate a EP efetivamente, apenas alguns que, na verdade, tem como efeito colateral retardar a ejaculação, porém essa ação é temporária.
Esse vídeo é da propaganda de um desodorante que fala da "Transpiração precoce", mas é perfeitamente aplicável a Ejaculação precoce. Confira:


NOTA: Segunda a Classificação Internacional de Doenças 10ª edição (CID-10), Ejaculação Precoce (F52.4) é a incapacidade de controlar suficientemente a ejaculação para que os dois parceiros achem prazer nas relações sexuais.

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